Com a aquisição da Sun pela Oracle, um dos projetos que teve a continuidade contestado é o OpenOffice. Acusado de ser um projeto doente, controlado pela Sun (que daria prioridade ao seu StarOffice, que é um produto pago), a suíte de escritório livre passa por maus momentos, logo após o lançamento de sua terceira versão, que realmente incluiu melhoria importantes.
A Novell desenvolveu a algum tempo o GO-OO, um fork do OO.org da Sun. Se você desconhece o projeto, saiba que pode estar usando ele nesse momento! Ubuntu, Debian, Mandriva, OpenSUSE e derivados não possuem o pacote da Sun nos seus repositórios, utilizando o GO-OO no lugar, de modo que boa parte (senão a maioria) dos usuários de Linux está usando o GO-OO.
Uma das críticas ao GO-OO é o uso da linguagem Mono, sendo que a Novell deixa claro que gostaria de usar essa linguagem como a forma oficial de criar extensões. O Mono é uma implementação das linguagens .NET da Microsoft no Linux, estimulada pela Novell. Isso gera preocupações quanto a possíveis processos por infração de patentes no futuro.
Verdade seja dita: o GO-OO é melhor que o OO.org. Simples assim. Suporta macros VBA, abre melhor arquivos do MS Office (inclusive Open XML), inicia mais rápido, gera transições 3D no Impress, é integrado ao Gstreamer, tem um ícone da systray na versão Linux, suporta SVG, entre outras melhorias.
Vários forks do OO.org surgem no horizonte, demonstrando insatisfação com as direções que a Sun impõe ao projeto. O número de desenvolvedores ativos caiu de 70 para 30 e, frequentemente, qualquer um que tenta contribuir com o projeto desiste devido à hostilidade da Sun. Os fork não significam que o OO.org está ruim e sim que o projeto está se fechando para a comunidade. Nesse cenário, forks como o GO-OO podem acabar substituindo o projeto original de forma invísivel ao usuário, ou você, usuário das distro citadas acima, sabia que usava o GO-OO.org?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário